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Ponto de Equilíbrio: como chegar lá?

Foto do escritor: meunovocontador.commeunovocontador.com

Diversas variáveis influenciam no sucesso ou fracasso de um negócio. Assim, é necessário que haja muito conhecimento administrativo envolvido na gestão.


Dentre tantas variáveis determinantes, o ponto de equilíbrio é um cálculo importante para quem está se planejando financeiramente e busca o sucesso da empresa.


O cálculo tem o objetivo de identificar o faturamento mínimo necessário para que a empresa seja capaz de arcar com todas as suas despesas, sejam elas fixas ou variáveis, definindo uma espécie de “ponto zero”, onde todas as despesas são pagas e o faturamento restante será lucro.


A partir do ponto de equilíbrio torna-se possível definir um objetivo de vendas e faturamento mínimo necessário para que a empresa não tenha prejuízos e seja capaz de arcar com os próprios custos.


De maneira bem geral, o ponto de equilíbrio é definido a partir de uma fórmula, que será aplicada de acordo com o tipo de ponto e as informações específicas de cada empresa, entretanto, é necessário entender o ponto de equilíbrio, seus tipos, sua fórmula e suas aplicações para usá-lo da forma correta. Vamos lá?


O que é Ponto de Equilíbrio?


É o ponto exato que define todo o faturamento lucrativo, que não será utilizado para os passivos (custos e despesas, fixos e variáveis).

Assim, após definir o ponto de equilíbrio, torna-se possível dimensionar o faturamento mínimo necessário para manutenção financeira, bem como determinar quão lucrativo o negócio está sendo.

É o ponto de partida para descobrir se e quanto seu negócio é lucrativo ou não.



Tipos de ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é subdivido em três tipos: contábil, financeiro e econômico.


O contábil é o tipo mais comum e utilizado, tendo em vista a sua ampla aplicação e simplicidade.


  • Ponto de equilíbrio contábil

Calculado com a utilização de uma fórmula que envolve todos os passivos (custos e despesas) e possibilita a definição da estaca zero.

Custos gerais (fixos e variáveis) + Margem de contribuição = Ponto de Equilíbrio.

A margem de contribuição, por sua vez é a diferença entre a receita e os custos gerais.

Definindo esses valores e aplicando eles a fórmula, será possível definir o ponto de equilíbrio contábil e entender a referência de faturamento mínimo necessário.

  • Ponto de equilíbrio financeiro

Diferentemente do anterior, no ponto de equilíbrio financeiro não há inclusão de despesas desembolsáveis. Por isso, este tipo é comumente utilizado por empresas que incluem a depreciação em seus passivos.

Logo, apresenta mudança de fórmula, cálculo e objetivo.

Ponto de equilíbrio financeiro = Custos e despesas – Depreciação e Amortização ÷ Margem de contribuição


  • Ponto de equilíbrio econômico

No Ponto de Equilíbrio Econômico o custo de oportunidade é adicionado à soma total, como uma forma de correção monetária.

Consideração de uma margem de possíveis investimentos. Assim, só há a definição de equilíbrio se a remuneração for compatível ao percentual que o dinheiro iria render se estivesse aplicado.

Além disso, há também a definição de um lucro mínimo que a sua empresa deseja alcançar. Logo, não demonstra apenas o limite entre custos e lucro, mas o pagamento de despesas totais e um lucro mínimo.

A fórmula utilizada para definir o ponto de equilíbrio econômico é:

Ponto de equilíbrio econômico = Custos e despesas fixas + Lucro mínimo ou índice de investimento ÷ Margem de contribuição


Saiba a maneira correta de calculá-lo:


1) Colher os dados das receitas mensais:

Em primeiro lugar, é necessário entender e analisar a situação financeira geral do seu negócio.


2) Definir os gastos fixos e variáveis:


Gastos fixos: São os gastos necessários para manter a produção empresarial sem variações recorrentes. Logo, são custos considerados fixos, pois dificilmente apresentam alterações e ajustes. Exemplos: Salários, aluguéis, água, luz, higiene e limpeza, materiais de escritório, contratações terceirizadas, manutenções, segurança, etc.


Gastos variáveis: Os custos variáveis, os que sofrem alterações constantes, de valor, de permanência, etc. Normalmente estão ligados às vendas do seu negócio de forma diretamente proporcional. Logo, quanto mais você vende e fatura, mais custos variáveis você terá e vice-versa. Exemplos de custos variáveis: Impostos gerais, matéria-prima para produção, fornecedores, terceirizações, contratações em épocas sazonais, taxas de cartões de crédito/débito, comissões, etc.


Com a definição dos gastos gerais da empresa, será possível quantificar o valor mínimo necessário para a manutenção financeira do negócio, sem que haja prejuízos e perdas significativas. Essa etapa deve ser feita com cautela e atenção, pois é muito importante para o sucesso de todo o processo.


3) Definir a margem de contribuição

Após definir os custos e as despesas gerais do seu negócio, é hora de definir a Margem de Contribuição.


A margem de contribuição é importante para definir não só o ponto de equilíbrio, mas também para calcular o preço de venda dos produtos e/ou serviços. Para chegar ao valor da margem de contribuição, basta subtrair da receita total o valor dos custos fixos e variáveis, utilizando a seguinte fórmula:

Receita – Custos fixos e variáveis= Margem de contribuição.


Descobrindo o Ponto de Equilíbrio


Parece complicado, mas não é.

Após definir a média de faturamento mensal, os custos gerais fixos e variáveis e a margem de contribuição, torna-se finalmente possível descobrir o tal Ponto de Equilíbrio.


Um exemplo: se determinada empresa apresenta custos gerais de R$ 5,00 para a produção de produtos ou execução de serviços, e vendem os mesmos por R$15,00, a margem de contribuição será de R$10,00.


Após isso, faz a razão entre a margem e o total da receita, da seguinte forma: R$10,00 da margem, dividido por R$15,00 da receita total do produto.


10 / 15 = 0,66, ou seja, 66% de margem.


Supondo que a mesma empresa gasta anualmente R$ 25.000,00 (custo total, fixo + variável) para produzir e executar esses serviços, o cálculo fica:


25.000 + 66% da margem de contribuição = PONTO DE EQUILÍBRIO


Com o total em mãos, será possível definir o valor mínimo anual necessário para cobrir todas as despesas e custos variáveis da empresa.


Tomar medidas para alcançar o faturamento mínimo


Agora com o ponto de equilíbrio definido, é importante direcionar todo o processo produtivo para o alcance do faturamento mínimo, necessário para que a empresa não tenha prejuízos.


Assim, você pode definir valores próximos ao ponto de equilíbrio como meta e objetivo de vendas, engajando os seus colaboradores de uma forma geral.


Estrategicamente falando, é importante que a meta seja maior do que o ponto de equilíbrio, para que haja lucro e a empresa fature mais que o necessário.


Analisar mês após mês e alterar o que for necessário


É interessante que haja uma análise mensal do ponto de equilíbrio e de todos os aspectos que alteram a fórmula, bem como os valores de margem e os custos. Essa análise possibilita a adequação desses fatores e a melhor utilização de recursos, diminuindo por exemplo os custos e aumentando o lucro.


Ao encontrar fornecedores mais acessíveis, mudar políticas de custos gerais e optar por processos mais rentáveis, os custos são reduzidos, melhorando a lucratividade, beneficiando os proprietários e possibilitando a ascensão financeira do negócio.


Conclusão


Agora que você já leu todos os tópicos até aqui, você já entendeu a importância do cálculo e como fazê-lo, entretanto, sabemos que não é algo simples e envolve a necessidade de conhecimentos específicos, técnicos e profissionais.


Por isso a importância de contar com atuação profissional qualificada, para que não haja erros durante o processo. Caso você deseje contar com uma assessoria especializada para te ajudar com a gestão financeira do seu negócio, entre em contato com nossos especialistas agora mesmo.



Eu sou o Ed, empreendedor e consultor, especialista em gestão de PME.

Me chama no whatsapp ou no contato@meunovocontador.com

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