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Black Friday: o grande dia de prejuízos para o comércio.

Foto do escritor: meunovocontador.commeunovocontador.com

Frete grátis, parcelamento sem juros e grandes descontos é tudo o que grandes varejistas querem evitar. Cuidado pequeno empresário, na Black Friday tudo é permitido, menos ter lucro.

Segundo executivos do setor de e-commerce, algumas das maiores varejistas chegam a faturar o valor de um mês em apenas três dias de promoção, que, teoricamente, tem início na sexta-feira e vai até domingo.


Importada dos Estados Unidos, onde é realizada na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças, a data chegou ao Brasil em 2010 de maneira tímida. Ganhou força a partir de 2013, quando um grande número de varejistas, tanto de lojas físicas quanto de e-commerces, aderiu à ideia. Após um período conturbado com sites oferecendo produtos pela “metade do dobro”, a data se consolidou no país. O problema agora é o preço que as grandes varejistas estão pagando para turbinar a Black Friday.


Para se destacar da concorrência, as varejistas fazem loucuras: frete grátis e vendas em 12 vezes sem juros, descontos de até 90% e por aí vai. O pacote de frete grátis, parcelamento sem juros e grandes descontos é justamente tudo o que grandes sites passaram os últimos anos combatendo, após sucessivos prejuízos por conta dessa estratégia. A lógica volta a ser vender mais, ganhar terreno e deixar para pensar no lucro depois.


A Black Friday criou uma cultura no Brasil que nenhum e-commerce consegue mudar. Eles atraem muita gente, aumentam as vendas, mas perdem ainda mais dinheiro.

Com uma população com menor poder de compra, especialmente no momento atual, a Black Friday acaba antecipando as compras de natal e consumindo boa parte do décimo terceiro salário dos consumidores. Com isso, varejistas vendem com desconto produtos que poderiam vender no Natal com uma margem melhor. É um prejuízo duplo.


Apesar de todas as dificuldades, empresas se empenham cada vez mais na data com a esperança de que parte desses consumidores se torne cliente assíduo das lojas, mas isso dificilmente acontece, principalmente para bens “duráveis”, quem busca comprar na Black Friday está atrás apenas do menor preço, não importa se é a loja X, Y ou Z.


E para o pequeno empresário é ainda mais difícil, muitos fatores podem fazer com que a Black Friday seja uma verdadeira armadilha. Falta de Capital de Giro e não fazer corretamente o custeio da operação pode ser um desastre completo.


Um desconto de 30% pode reduzir sua margem em 60%, como assim?


Veja um exemplo bem simples de uma promoção, são valores apenas ilustrativos, para entender a ideia.


Venda normal:

  • Custo de aquisição do produto R$50, preço de venda R$100 = Lucro Bruto R$50.

Desconto de 30% Black Fryday

  • Preço de venda R$70, Lucro Bruto R$20 (60% de redução na margem).

  • Sua Margem de Contribuição que era de 50%, agora é de 20% apenas.

Mas não é só isso;

  • Digamos que a embalagem + o frete grátis custe R$15.

  • Temos os impostos, vamos colocar uma media de 10% = R$7

  • Como não tem muito capital de giro, vai ter que antecipar esses recebíveis para reposição do estoque, a uma taxa de 2%, e mais 2% da maquininha = R$2,80

Pronto, essa venda já deu um prejuízo de R$4,80, o que equivale dizer que para cada produto vendido você teve um prejuízo de quase 7%. Isso sem contar todo o restante, as despesas fixas que agora você tem zero reais para pagar.


Viu só, promoção é um negocio complicado e a Black Friday pode se tornar o dia de muitas vendas e grandes prejuízos.


Agora comenta aqui, como foi a sua experiência com a Black Friday em outros anos? Precisa de ajuda para entender melhor os seus custos e calcular o preço?


Nossos especialistas estão prontos para te ajudar, entre em contato com a gente, é só clicar aqui.


Eu sou o Ed, empreendedor e consultor especialista em gestão de PME. Me chama no whatsapp ou no contato@meunovocontador.com

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